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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
Questões essenciais e outros affairs (ou) A utilidade dos parasitas
"A larva da mosca doméstica é muito útil na medicina legal e na pesca. O estado de desenvolvimento da larva pode ajudar na determinação do tempo decorrido desde a morte de uma pessoa.
Uma vez que a larva só se alimenta de carne morta, surgiram experiências, em ambiente controlado, para introduzir a larva em feridas, eliminando a carne putrefacta, evitando a gangrena."
in http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosca_doméstica
Portanto, o trabalho de EUS é perfeito. Todos temos uma utilidade!
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Duas ou três coisas que ficaram por dizer...de Giovanni Papini, no livro Gog
sábado, 24 de outubro de 2009
nada é meu...
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
I tal o Calvino...
domingo, 11 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
A importância de ter dentadura
Portanto, voltando às dentaduras. E fugindo novamente : sou da opinião de que duas pessoas que não formam um eles, um nós, ou um vós, mas antes um eu, ele, tu, que já falaram de Kant e de dentes, são de facto dispensáveis na blogosfera. Mas de volta às dentaduras, tudo o que sei delas adveio da experiência da minha tia, auxiliar e secretária de dentista, não que isto seja relevante, certo? Desde pequen(o) sempre tive problemas dentários, um aparelho amovivel, não foi de facto a solução. Um dia, ao espelho, decidi que a única forma de ter uns dentes novos seria substituilos por uma daquelas lindas placas de porcelana que reluziam ao mínimo raio de luz. Portanto, a única forma era arrancá-los um por um...E que nem pétalas de margarida, sairam um por um. Dizem que sonhar com dentes é mau sinal, quão mau...não sei. Mas tudo o que tenha a ver com dentes é mau!Vejam-se os dentes de alho...que nada têm a ver com nada.
Voltar. Lá está, com eles mordiscamos, trincamos, rasgamos, comemos, mordemos, mastigamos, rangemos, roemos, despedaçamos, sorrimos...
mostra o dentinho...
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Lendo Kerouac durante viagens
in Pela estrada Fora de Jack Kerouac
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
The be at les
"Helter Skelter é o nome de um brinquedo britânico muito popular, que consiste num trenó em formato de espiral. Paul fala sobre no livro “Many Years From Now” de Barry Miles: “Eu usei o símbolo do brinquedo helter skelter como uma ida do topo para o fundo – a ascensão e queda do Império Romano – e esta era a queda, a decadência, a ida para o fundo. "
sábado, 12 de setembro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
A Dor Tem um Elemento de Vazio
Não se consegue lembrar
De quando começou - ou se houve
Um tempo em que não existiu -
Não tem Futuro - para lá de si própria -
O seu Infinito contém
O seu Passado - iluminado para aperceber
Novas Épocas - de Dor.
Emily Dickinson, in "Poemas e Cartas"
Tradução de Nuno Júdice
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Lendo Drácula pela noite dentro
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Et cetera et cetera
How come I end up where I started?
How come I end up where I went wrong
Won't take my eyes off the ball again
You reel me out and you cut the string.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
DOH-bay gna-OR-ay
http://www.myspace.com/dobetgnahore
terça-feira, 14 de julho de 2009
Fragmento
segunda-feira, 13 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Francesca Woodman
erself. She places her body in familiar settings, though at the limits of our experience, presenting it as a symbol of receptivity, a meeting place between herself and the rest of the world, a communicative model in which information about her experience is presented and reflected upon. She uses her own body as a model to investigate her own vision and not another's vision of her body. Woodman projects images and symbols, hopes and fears onto the female body. She uses it like a gesticulative vector not fully known to her, communicating to the viewer the novelty of her encounter.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
No ano em que se comemora o centenário da publicação do Manifesto Futurista, um documento histórico que é tido como um marco de ruptura, escrito pelo italiano Filippo Marinetti, voltamos a viver uma nova época de ruptura segundo algumas entidades.( Consultar http://ipsilon.publico.pt/artes/texto.aspx?id=226994 ).
Entretanto fica o manifesto para delicia e também ódio de alguns.
Manifesto do Futurismo
1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.
2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais da nossa poesia.
3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insónia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o "bofetão e o soco".
4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.
5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.
6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
7. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem.
8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade omnipresente.
9. Nós queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo - o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas idéias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher.
10. Nós queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academia de toda natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária.
11. Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas eléctricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.
É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o "Futurismo", porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários.
Já é tempo de a Itália deixar de ser um mercado de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros museus que a cobrem toda de inúmeros cemitérios.
Museus: cemitérios!... Idênticos, na verdade, pela sinistra promiscuidade de tantos corpos que não se conhecem. Museus: dormitórios públicos em que se descansa para sempre junto a seres odiados ou desconhecidos! Museus: absurdos matadouros de pintores e escultores, que se vão trucidando ferozmente a golpes de cores e linhas, ao longo das paredes disputadas!
Que se vá lá em peregrinação, uma vez por ano, como se vai ao Cemitério no dia de finados... Passe. Que uma vez por ano se deponha uma homenagem de flores diante da Gioconda, concedo...
Mas não admito que se levem passear, diariamente pelos museus, nossas tristezas, nossa frágil coragem, nossa inquietude doentia, mórbida. Para que se envenenar? Para que apodrecer?
E o que mais se pode ver, num velho quadro, senão a fatigante contorção do artista que se esforçou para infrigir as insuperáveis barreiras opostas ao desejo de exprimir inteiramente seu sonho?... Admirar um quadro antigo equivale a despejar nossa sensibilidade numa urna funerária, no lugar de projectá-la longe, em violentos jactos de criação e de acção.
Vocês querem, pois, desperdiçar todas as suas melhores forças nesta eterna e inútil admiração do passado, da qual vocês só podem sair fatalmente exaustos, diminuídos e pisados?
Em verdade eu lhes declaro que a frequência diária aos museus, às bibliotecas e às academias (cemitérios de esforços vãos, calvários de sonhos crucificados, registro de arremessos truncados!...) é para os artistas tão prejudicial, quanto a tutela prolongada dos pais para certos jovens ébrios de engenho e de vontade ambiciosa. Para os moribundos, para os enfermos, para os prisioneiros, vá lá:- o admirável passado é, quiçá, um bálsamo para seus males, visto que para eles o porvir está trancado... Mas nós não queremos nada com o passado, nós, jovens e fortes futuristas!
E venham, pois, os alegres incendiários de dedos carbonizados! Ei-los! Ei-los!... Vamos! Ateiem fogo às estantes das bibliotecas!... Desviem o curso dos canais, para inundar os museus!... Oh! a alegria de ver boiar à deriva, laceradas e desbotadas sobre aquelas águas, as velhas telas gloriosas!... Empunhem as picaretas, os machados, os martelos e destruam sem piedade as cidades veneradas.