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sábado, 31 de outubro de 2009

Questões essenciais e outros affairs (ou) A utilidade dos parasitas

"A larva da mosca doméstica é muito útil na medicina legal e na pesca. O estado de desenvolvimento da larva pode ajudar na determinação do tempo decorrido desde a morte de uma pessoa.

Uma vez que a larva só se alimenta de carne morta, surgiram experiências, em ambiente controlado, para introduzir a larva em feridas, eliminando a carne putrefacta, evitando a gangrena."

in http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosca_doméstica


Portanto, o trabalho de EUS é perfeito. Todos temos uma utilidade!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Duas ou três coisas que ficaram por dizer...de Giovanni Papini, no livro Gog

"(...) Um arquitecto já não pode conceber um templo ou um palácio isoladamente para o enxertar num complexo antiquado, mas sim uma massa compacta de construções, inspirada num conceito unitário e revolucionário. (...) concebe um poeta moderno querendo introduzir um verso seu no meio de um canto da Moda, ou numa cena de invenção mum acto de Shakespeare? Contudo, o que se pede aos arquitectos modernos e que eles velhacamente realizam é um absurdo do género."

Desaparecida durante dias...e tudo por causa de uma nave EXTRATERRÁQUIA

Deixamos que o espaço-tempo se nos esvaia por entre os dedos como água salgada.

sábado, 24 de outubro de 2009

nada é meu...

"O maior problema do Homem, como das nações, é a independência. Pode ser resolvido?
O que possuo parece meu, mas sou sempre possuído pelo que tenho. A única propriedade indiscutível devia ser o Eu, e, contudo, vendo bem, onde está o resíduo absoluto que não depende de ninguém?
Outros participam, ausentes ou presentes, da nossa vida interior e exterior. Não há forma de se salvar. Mesmo na solidão perfeita, sinto-me, com espanto, átomo de um monte, célula de uma colónia, gota de um mar. Há no meu espírito e na minha carne, a herança dos mortos; o meu pensamento é devedor dos defuntos e dos vivos; a minha conduta é guiada, mesmo contra a minha vontade, por seres que não conheço e que desprezo.
Tudo o que sei aprendi dos outros. Qualquer coisa que adquira é obra de outros, e - que importa que a tenha pago? - sem o operário, sem o artesão, sem o artista, estaria mais nu do que Caliban ou Robinson. Se quero deslocar-me, tenho necessidade de máquinas não fabricadas por mim.
Vejo-me obrigado a falar uma língua que não inventei; e os que vieram antes impõem-me, sem que me aperceba, os seus gostos, os seus sentimentos, os seus preconceitos.
Se desmonto o meu Eu peça a peça, encontro sempre fragmentos que procedem de fora; podia apor, em cada um, uma etiqueta de origem: Isto é de minha mãe, isto do meu primeiro amigo, isto de Emerson, isto de Rousseau, isto de Stirner. Se realizo a fundo o inventário das apropriações, o Eu converte-se numa forma vazia, numa palavra sem sentido próprio.
Pertenço a uma classe, a um povo, a uma raça; não consigo evadir-me, faça o que fizer, de certos limites que não foram traçados por mim. Cada ideia é um eco; cada acto um plágio. Posso tirar os homens da minha presença, mas uma grande parte deles continuará vivendo, invisível, na minha solidão.
Se tenho criados, devo suportá-los e obedecer-lhes; se tenho amigos, tolerá-los e servi-los; e os valores querem ser guardados, cultivados, protegidos, defendidos. Poder equivale a escravidão. Nada, na realidade, me pertence. As poucas alegrias que desfruto devo-as à inspiração e ao trabalho de homens que já não existem ou que nunca vi. Sei o que recebi, mas ignoro quem mo deu. (...)
Onde está, pois, o núcleo profundo e autónomo de que nenhum outro participa, que não foi gerado por nenhum outro e que se possa verdadeiramente chamar meu? Serei, na realidade, um coágulo de dívidas, a molécula escrava de um corpo gigantesco? E a única coisa que acreditamos verdadeiramente nossa - o Eu - talvez seja, como tudo o mais, um simples reflexo, uma alucinação do orgulho."

in Gog, Geovanni Papini, Eredi por Geovanni Papini,Lisboa, Novembro 2007,pp.100-101

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Está chuva lá fora, eucalipto cá dentro.







Saudades dos dias de sol no bosque, nesta manhã chuvosa.

sábado, 17 de outubro de 2009

Cinema at home : AMerIcan Psycho



Well, he was probably a closet homosexual who did a lot of cocaine. That whole Yale thing

terça-feira, 13 de outubro de 2009

I tal o Calvino...

"Marco Polo descreve uma ponte, pedra a pedra.
- Mas qual é a pedra que sustém a ponte? - pergunta Kublai Kan.
- A ponte não é sustida por esta ou por aquela pedra - responde Marco, - mas sim pela linha do arco que elas formam.
Kublai Kan permanece silencioso, reflectindo. Depois acrescenta: - Porque me falas de pedras? É só o arco que me importa.
Polo responde: - Sem pedras não há arco"

Isto vem a propósito de algo que tenho ouvido por aí, a importância está na viagem e não no destino.

domingo, 11 de outubro de 2009

sábado, 10 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A importância de ter dentadura

Portanto, chocad(o) com a arrogância da frase-tipo "a importância de ser algo", ou "a importância de ser ernesto", que, verdade seja dita, nunca vi e não inclui na lista dos filmes a sacar, a propósito de nada e talvez de tudo me vi forçad(o) a dissertar acerca da importância de ter dentadura.E quando falo de dentadura, falo de molares, caninos e incisivos...estarei correct(o)?Poderia dar uma rápida vista de olhos na wikipédia, mas para este post não é de facto merecedor de tal esforço da minha parte.
Portanto, voltando às dentaduras. E fugindo novamente : sou da opinião de que duas pessoas que não formam um eles, um nós, ou um vós, mas antes um eu, ele, tu, que já falaram de Kant e de dentes, são de facto dispensáveis na blogosfera. Mas de volta às dentaduras, tudo o que sei delas adveio da experiência da minha tia, auxiliar e secretária de dentista, não que isto seja relevante, certo? Desde pequen(o) sempre tive problemas dentários, um aparelho amovivel, não foi de facto a solução. Um dia, ao espelho, decidi que a única forma de ter uns dentes novos seria substituilos por uma daquelas lindas placas de porcelana que reluziam ao mínimo raio de luz. Portanto, a única forma era arrancá-los um por um...E que nem pétalas de margarida, sairam um por um. Dizem que sonhar com dentes é mau sinal, quão mau...não sei. Mas tudo o que tenha a ver com dentes é mau!Vejam-se os dentes de alho...que nada têm a ver com nada.
Voltar. Lá está, com eles mordiscamos, trincamos, rasgamos, comemos, mordemos, mastigamos, rangemos, roemos, despedaçamos, sorrimos...
mostra o dentinho...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009